quarta-feira, 29 de agosto de 2007

TURISMO CULTURAL

O museu de esculturas – Parque Vigeland


No cenário da Escandinávia, na Noruega, precisamente em Oslo, sua capital, encontra-se uma extraordinária criação humana concebida pelo escultor norueguês Gustav Vigeland (1869-1943), o parque de 32 hectares, que hoje tem seu nome. No começo era apenas um anexo do Parque Frogner.

A Noruega ainda é um país pouco conhecido dos brasileiros, talvez pela sua própria posição geográfica ou mesmo pelos preços praticados, que são muito altos. A cidade de Oslo tem o título de uma das mais caras do mundo, perdendo apenas para Tóquio, no Japão.

O Reino da Noruega é um território estreito, comprido e muito recortado. A grandiosidade de seus cenários, formados pelos extremos contrastes de suas paisagens, mistura lagos, montanhas, ilhas, florestas, baías, golfos, geleiras e os espetaculares fiordes que concebem uma identidade própria à esta terra dos vikings.

O país possui uma riqueza cultural expressiva, historicamente colonizada pelos Vikings, de Monarquia Parlamentarista, com altíssimos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Não faz parte da União Européia, sendo o país mais rico entre os países escandinavos e nórdicos.

A Noruega é conhecida como a terra dos fiordes e principalmente pelos enormes contrastes, pois no verão o país é conhecido como a terra do Sol da Meia-Noite e, no inverno, pela Aurora Boreal. Estes fenômenos atraem turistas de todo as partes do mundo.

Oslo, sua capital, tem uma posição privilegiada, localizada no sudoeste do país. Com quase 700 mil habitantes foi fundada por Harald Hardrade e chamava-se até 1925 de Cristiania.
Oslo é voltada para o mar, à beira de uma imensa baía, dentro do fiorde de Oslo (Oslofjorden). É uma cidade moderna, de estilo neoclássico, bem planejada, vibrante, repleta de galerias, museus, edifícios históricos, parques e uma impressionante vida cultural.

A efervescência do turismo chega com o verão, de maio a setembro, juntamente com a população que dá vida à cidade. Dotada de excelente infra-estrutura básica, de hospitalidade, de transporte, de comunicação, de equipamentos turísticos, aliadas as atrações da cidade, que agrega valores para uma visita.

Nela, encontra-se uma atração que é responsável por mais de um milhão de visitantes por ano, o Parque Vigeland, que constitui uma celebração à vida. São 850 metros de muita arte e dedicação de um artista, que ao longo de mais de vinte anos concebeu este seu projeto ao povo norueguês. É, sem dúvida, um precioso sítio cultural que deve ser preservado para futuras gerações.

São mais de 200 esculturas em bronze, ferro e granito. O conjunto de esculturas representa os distintos ciclos da vida, de forma humana e tamanho natural, todos nus, decoram um largo passeio central. Todas as esculturas são de grandes proporções, apresentam grande expressividade e dramatismo.

É impossível não se encantar com o parque que virou cartão postal da cidade, um verdadeiro museu a céu aberto.

O Parque Vigeland conta hoje com 214 esculturas e 758 figuras, jardins, lagos e imensas alamedas e prados.

Dentro do parque encontra-se o museu Vigeland, com todos os desenhos e modelos originais das esculturas do parque e das obras de Vigeland que estão espalhadas pela cidade. O parque foi sua morada e também sua oficina de trabalho até a sua morte.

As obras esculpidas em pedra (granito) e moldadas em ferro e bronze são de um realismo impressionante, por vezes denominada de “condição humana”.

O parque tem um forte atrativo turístico, planejado cuidadosamente para ser um espaço de lazer e cultura. As esculturas estão distribuídas em 5 conjuntos bem definidos. São eles: a Porta Principal, a Ponte, a Fonte, o Monólito e a Roda da Vida.

O nascimento, a vida e a morte são mostrados de forma nua, onde crianças, jovens, adultos e idosos são retratadas de forma a instigar as mais singelas situações do cotidiano, transformando a nudez em poesia.

Porém, uma escultura chama a atenção de todos. É o Monólito, de 17m de altura e 121 figuras humanas entrelaçadas que descrevem a história da humanidade. No final do parque a escultura a Roda da Vida representa a eterna renovação da vida.

Portanto, o Parque Vigeland é passeio obrigatório para quem visita a cidade, não só para conhecer as obras do artista Gustav Vigeland, como também, o cotidiano do povo norueguês.

O Parque traduz uma sinergia entre o poder da natureza e a criação humana, evidenciando que a arte é uma importante ferramenta estratégica no planejamento turístico.
Marcelo Oliveira.


Para saber mais sobre o Parque de Esculturas e museu Vigeland em Oslo acesse o site: http://www.museumsnett.no/vigelandmuseet/eindex.htm

terça-feira, 21 de agosto de 2007

TURISMO EM DEBATE

Turismo Rural e Inclusão Social no estado de Pernambuco


O Turismo Rural em Pernambuco é ainda uma atividade incipiente, que poderá induzir o crescimento em áreas particularmente carentes, contribuindo para a inclusão social de comunidades, nas quais a atividade agropecuária ou mesmo do ciclo da cana-de-açúcar, no caso os engenhos, possam fomentar essa atividade.

Em Pernambuco, existem projetos de implantação dessa atividade, principalmente, nas áreas rurais onde a atividade canavieira em declínio provocou o aumento do desemprego no campo, ou mesmo a sustentabilidade do conjunto, proporcionando uma alternativa de lazer e descanso, que, bem planejada, poderá mudar a fisionomia da comunidade do campo.

Sabemos que o “Turismo Rural são todas as atividades turísticas endógenas desenvolvidas no meio natural e humano”. Essa concepção é bastante abrangente, pois existem muitos pontos comuns com outras atividades no mesmo espaço... Podemos citar, como exemplo, turismo aventura, turismo ecológico, turismo esportivo, turismo cultural etc.

O importante é que a atividade do Turismo Rural em Pernambuco funcione como agente promotor da: preservação e a recuperação ambiental, desempenhando, portanto, uma função estratégica; da manutenção das atividades agropecuárias ou canavieiras, com função de manutenção do homem no campo e a incrementação de receita para o espaço rural, além da função de melhoria da qualidade de vida da família rural.

Por ser ainda uma atividade emergente, precisa-se de uma conscientização capaz de promover o equilíbrio entre o gestor e sua capacidade de adequação, a sustentabilidade ambiental e o próprio mercado, como diagnóstico de sua viabilidade econômica.

A ampliação do Turismo Rural em Pernambuco deve obedecer aos princípios básicos fundamentais para o desenvolvimento das atividades turísticas no espaço rural, como sendo: Identidade, Autenticidade, Harmonia, Raízes e Costumes e Atendimento Familiar.

Portanto, através de uma política governamental voltada para o social, a atividade turística rural poderá ser outro elemento de geração de renda, de empregos, de valorização do homem do campo. A sua ampliação traduzirá em novos horizontes e novas perspectivas de crescimento e desenvolvimento do nosso estado.
Marcelo Oliveira